Histórico
No ano de 2008, eminentes pesquisadores baianos, sabidamente professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) ou pesquisadores titulares do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, da Fundação Oswaldo Cruz (CPqGM-FIOCRUZ), na maioria bolsistas de produtividade em pesquisa do CNPq, reuniram-se na proposta de oferecer um Programa de Pós-graduação de excelência, em Ciências da Saúde. Com a aprovação da CAPES em outubro de 2008, nasceu assim o Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde (PPgCS), na Faculdade de Medicina da Bahia (FMB), UFBA.
Em termos de evolução, vale a pena observar que o PPgCS iniciou suas atividades no ano 2009. A partir de 2009, até 2015, portanto durante 7 anos, foram publicados, a cada ano, 71, 83, 64, 89, 62, 78 e 62 artigos completos em periódicos, respectivamente, sendo 56%, 70%, 55%, 61%, 61%, 67% e 73% dos artigos publicados em periódicos classificados como A1, A2 ou B1, conforme Quadro abaixo.
Qualis |
2009 N=71 |
2010 N=83 |
2011 N=64 |
2012 N=89 |
2013 N=62 |
2014 N=78 |
2015 N=62 |
A1 |
17 |
24 |
11 |
21 |
10 |
24 |
19 |
A2 |
16 |
19 |
6 |
14 |
15 |
13 |
7 |
B1 |
7 |
15 |
18 |
19 |
13 |
15 |
19 |
B2 |
8 |
10 |
11 |
9 |
16 |
14 |
6 |
B3 |
- |
- |
4 |
8 |
2 |
2 |
1 |
B4 |
5 |
05 |
6 |
14 |
4 |
7 |
7 |
B5 |
18 |
10 |
6 |
2 |
1 |
3 |
3 |
C |
- |
- |
2 |
2 |
1 |
- |
- |
A1 + A2 + B1 + B2 |
48 (68%) |
68 (82%) |
46 (72%) |
63 (71%) |
54 (87%) |
66 (85%) |
51 (82%) |
A1 + A2 + B1 |
40 (56%) |
58 (70%) |
35 (55%) |
54 (61%) |
38 (61%) |
52 (67%) |
45 (73%) |
A1 + A2 |
33 (46%) |
43 (52%) |
17 (26%) |
35 (39%) |
25 (40%) |
37 (47%) |
26 (42%) |
Artigos com alunos do Mestrado ou Doutorado |
- |
7 (8%) |
8 (12,5%) |
21 (24%) |
21 (34%) |
24 (31%) |
26 (42%) |
DP com artigo no estrato A |
12/14 (86%) |
16/18 (89%) |
11/18 (61%) |
15/18 (83%) |
12/18 (67%) |
16/18 (89%) |
14/20 (70%) |
DP: Docente Permanente
Vale a pena destacar a crescente participação de autores discentes, entre os alunos de Mestrado e Doutorado: em 2009, nenhum artigo teve autor pós-graduando discente; a partir de 2010, essa participação foi reconhecida em 8%, 12,5%, 24%, 34%, 31% e 42% dos artigos publicados anualmente, sendo o percentual de 42% (26 artigos) entre os artigos publicados em 2015. Mais importante é destacar a classificação desses 26 artigos publicados em 2015 - 81% publicados em periódicos classificados em Qualis A1, A2 ou B1 – sendo 38% publicados nos estratos A1 ou A2. Desses 26 artigos, 18 (69%) foram produtos de dissertação ou tese, ou seja, foram artigos vinculados aos trabalhos de conclusão defendidos no PPgCS. Tal avaliação teve como referência o JCR-2014.
O corpo discente do PPgCS inclui biólogos, biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, médicos veterinários e odontologistas. No ano de 2013, nos 30 alunos de mestrado, médicos (36%), biólogos (23%), biomédicos (10%), enfermeiros (10%), farmacêuticos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos (7% cada) estavam representados e nos 33 alunos de doutorado, médicos (40%), biólogos (24%), fisioterapeutas (21%), biomédicos (9%), odontologista e médico veterinário (3% cada) estavam presentes. Dos 30 alunos de mestrado, 8 (27%) são procedentes de outras cidades brasileiras, inclusive 7 de outros estados (Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Santa Maria [RS], Teresina de onde veio 1 aluno de cada cidade e Recife de onde vieram 2 alunos), e a outra aluna de Irecê, cidade do interior do estado da Bahia. Já dos 33 alunos de doutorado, 7 (21%) são procedentes de outras cidades, sendo 3 de outros estados (Aracajú, Maceió e Rio de Janeiro) e 4 de cidades do interior da Bahia (Feira de Santana de onde vieram 2, Ipiaú e Santo Antônio de Jesus de onde veio 1 doutorando). Em 2014, ingressaram 10 alunos para o Curso de Mestrado e 12 alunos para o Curso de Doutorado, totalizando assim, desde o início do funcionamento do PPgCS em 2009, o ingresso de 71 alunos de Mestrado e 50 alunos de Doutorado. Dos 22 alunos ingressos em 2014, 8 (36%) são médicos, 5 (23%) enfermeiros, 3 (14%) biólogos, 3 (14%) biomédicos, 2 (9%) fisioterapeutas e 1 (4%) farmacêutico. Quanto à procedência, 13 (59%) são da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, 3 (14%) são procedentes de outros estados (2 de Pernambuco – 1 de Araripina e 1 do Recife – 1 do Rio Grande do Sul – cidade de Motenegro), 6 (27%) de diferentes cidades do interior do estado da Bahia (Cachoeira, Feira de Santana, Ipiaú, Santana, Santo Estevão, Teixeira de Freitas). Dos 18 alunos ingressos em 2015, 2 (11,1%) são médicos, 5 (27,8%) enfermeiros, 3 (16,7%) biólogos, 3 (16,7%) biomédicos, 3 (16,7%) fisioterapeutas, 1 (5,6%) farmacêutico e 1 (5,6%) fonoaudiólogo. Quanto à procedência, 8 (44%) são da cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, 3 (16,7%) são procedentes de outros estados (Ceará, Rio Grande do Sul e São Paulo), 6 (33,3%) de diferentes cidades do interior do estado da Bahia (Feira de Santana, Ipirá, Jequié, Serrinha) e 1 (5,6%) da Espanha.
O PPgCS tem enfatizado a seleção de candidatos que já estão trabalhando com os seus docentes, sob orientação. Esse aspecto pode ser percebido na ênfase dada ao ítem Resultados Preliminares no processo seletivo, de acordo com o que está publicado no documento EDITAL 2015 no menu Arquivos para Download na página web do Programa. Toda a demanda que tem se apresentado tem sido orientada a consultar a página web do PPgCS, conhecer as suas características e o perfil do corpo docente, visitando também o Lattes de cada docente, cujo link está disponível na página web do Programa, de modo a identificar qual docente detém a linha de pesquisa em que mais se adequa a demanda do candidato. Nesse momento, o candidato também é esclarecido que após identificar o possível orientador, deve contactá-lo, por meio de e-mail ou telefone, ambos disponíveis para cada orientador, na página web do PPgCS, para iniciar o trabalho de elaboração do projeto, e subsequente implementação, visto que a apresentação dos Resultados Preliminares é item muito valorizado no processo seletivo. Essa condução visa oportunizar ao orientador o conhecimento do desempenho do aluno, se ele não o conhece, além de testar todas as etapas logísticas de implementação de projeto, onde os obstáculos são conhecidos e transpostos. Essa estratégia visa assegurar que os candidatos selecionados apresentem-se com segurança para o andamento e a conclusão do projeto, assim concluindo o respectivo Curso dentro do tempo esperado. Há amplo diálogo entre os docentes de forma que a divisão de potenciais orientandos entre os docentes é realizada por meio de interlocução, com o estímulo do Colegiado para a distribuição simétrica de alunos entre os professores.
O PPgCS não tem oferecido vaga para aluno especial. A visão de que o cumprimento dos créditos adianta o curso parece equivocada visto que a alma da formação do aluno é a condução e conclusão do seu projeto de mestrado ou doutorado, sendo as disciplinas veículos a serem utilizados na composição dessa formação. Os alunos que têm procurado o PPgCS em busca de vaga para aluno especial tem sido orientados a proceder conforme acima descrito, sendo sinalizada a possibilidade do professor orientador entender-se diretamente com o professor de alguma disciplina na qual o candidato tenha interesse específico, para solicitar a autorização para participar como ouvinte. Dessa forma, o vínculo entre o aluno e o orientador fica fortalecido e cria-se a oportunidade para o aluno que percebe a participação em alguma disciplina como importante para a sua preparação na condução do seu projeto de mestrado ou doutorado.
O OBJETIVO GERAL do PPgCS é oferecer capacitação em ensino de nível superior e pesquisa clínica para profissionais das áreas de ciências biológicas e saúde (biólogos, biomédicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, médicos veterinários e odontologistas), trabalhando aspectos epidemiológicos, diagnósticos, histopatológicos, terapêuticos, prognósticos e preventivos de doenças.
No PPgCS atuam eminente pesquisadores brasileiros juntamente a doutores recém formados e produtivos, oferecendo espaço para crescimento na formação de recursos humanos no estado da Bahia e fixação de novos pesquisadores.
Portanto são objetivos específicos:
1.capacitar profissionais com condição de criar e criticar, produzindo conhecimento aplicável às ações para promoção de saúde;
2.oferecer a oportunidade para aperfeiçoamento de doutores recém-formados, com atividades de pós-doutorado;
3.absorver pesquisadores capacitados recentemente, produtivos e com visibilidade internacional demonstrada pela publicação regular de artigos em periódicos classificados no estrato A do Qualis;
4.promover a continuada capacitação de docentes, especialmente em nível internacional.