ASSOCIAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DAS SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS B E PRODUÇÃO DE ANTICORPOS COM OS DIFERENTES ESTÁGIOS DA LEISHMANIOSE MUCOSA - Tese de Doutorado 2017

Português, Brasil

RESUMO
ASSOCIAÇÃO ENTRE A FREQUÊNCIA DAS SUBPOPULAÇÕES DE LINFÓCITOS B E PRODUÇÃO DE ANTICORPOS COM OS DIFERENTES ESTÁGIOS DA LEISHMANIOSE MUCOSA  Introdução: Leishmaniose mucosa (LM) devido à infecção por Leishmania braziliensis é caracterizada pelo desenvolvimento de lesões principalmente na mucosa nasal. Essas lesões apresentam aspectos destrutivos e desfigurativos, com estágios evolutivos de gravidade que vão desde uma pequena nodulação até a completa destruição da arquitetura da pirâmide nasal. Como a leishmania é um parasita intracelular, a maioria dos estudos imunológicos em pacientes com leishmaniose tegumentar enfatiza a resposta mediada por células, com um número limitado de estudos sobre o papel dos linfócitos B e dos anticorpos na proteção ou na patogênese da LM. Objetivo: Correlacionar os títulos de anticorpos e a frequência das subpopulações de linfócitos B com a gravidade da doença mucosa e também como marcador da resposta terapêutica. Métodos: Pacientes com diagnóstico confirmado de LM foram classificados de acordo com o estadiamento clínico das lesões e realizado coleta de sangue para análise por citométrica de fluxo das subpopulações de linfócitos B e coleta de soro para detecção de anticorpos das classes: IgG total, IgG1 e IgG2 pela técnica de Elisa. Resultados: Quando se comparou a produção de anticorpos IgG total e subclasses IgG1 e
IgG2 nos diferentes estágios da leishmaniose mucosa, foi observada uma maior produção de IgG total e IgG1 nos estágios IV e V quando comparado com os estágios I e II, p< 0,05. Houve uma redução significativa das absorbâncias nos pacientes que responderam ao tratamento, tanto com relação aos anticorpos da classe IgG e subclasses IgG1 e IgG2 (p< 0,05). Houve uma maior frequência dos linfócitos regulatórios em relação aos linfócitos de memória, p<0,05 Conclusão: Os nossos dados sugerem que existe uma associação dos títulos de anticorpos com a gravidade da doença mucosa. A redução da produção de anticorpos após o tratamento indica que este teste pode ser utilizado na avaliação da resposta terapêutica. A produção elevada de células B regulatórias não foi capaz de modular adequadamente a resposta imune nestes pacientes.

Palavras-chave: 
1. leishmaniose mucosa; 2. IgG total; 3. IgG1; 4. IgG2; 5. linfócitos B
Banca examinadora: 
Edgar Marcelino de Carvalho; Maria Olívia Bacellar; Natasha Mascarenhas Andrade Braga; Luiz Henrique Guimarães; Fabrizio Ricci Romano e Paulo Roberto Lima Machado
Arquivo: 
Ano de publicação: 
2017