Avaliação de distúrbios olfatórios em pacientes portadores de asma - Dissertação de Mestrado 2022
Português, Brasil
Introdução: Disfunções olfativas são queixas comuns, porém subdiagnosticadas, e poucos estudos abordam a sua correlação com a asma. Objetivo: de Asma. Métodos: Estudo de corte transversal, parte de uma coorte prospectiva, onde foram avaliados 93 pacientes portadores de asma de março de 2019 a fevereiro de 2020, em um centro de referência em asma, em Salvador, Bahia. Todos os pacientes foram submetidos a avaliação otorrinolaringológica e teste olfatório da Universidade da Pensilvânia (UPSIT). Resultados: Dos 93 indivíduos estudados (63 com asma grave e 30 com asma leve a moderada), 89 (95,7%) foram diagnosticados com disfunções olfativas e somente 4 (4,3%) apresentaram normosmia. Indivíduos com hiposmia moderada, grave ou anosmia tinham idades mais avançadas (média de 56,5 anos) do que os indivíduos com normosmia e hiposmia leve (49,4 anos) (p=0,029). Dos indivíduos com hiposmia moderada, grave e anosmia 78,7% apresentavam asma grave, enquanto 21,3% deste grupo apresentavam asma leve a moderada. (p=0,002). Foi avaliada a presença de critérios diagnósticos para rinossinusite crônica (RSC) encontrando 72% dos pacientes da amostra preenchendo tais critérios e destes, apenas 5,9% com pólipos nasais. Não foi encontrada significância estatística na análise de RSC e distúrbios olfatórios. Dentre os pacientes diagnosticados com anosmia 100% (7 pacientes) não apresentavam critérios para rinite alérgica. Por outro lado, 100% dos indivíduos com normosmia (2 pacientes) apresentavam critérios para rinite alérgica. (p= 0,035) Foi avaliado o
uso de corticóide oral no último ano ou injetável nos últimos 6 meses e os dados revelaram que 86,9% dos indivíduos com hiposmia moderada, grave ou anosmia haviam feito uso destas medicações. Dentre os indivíduos com normosmia ou hiposmia leve 64,5% haviam feito uso de corticóide oral ou injetável no mesmo período. (p=0,012) Considerando-se toda a amostra estudada, apenas 14 pacientes não apresentavam diagnóstico de rinite alérgica ou de RSC. Destes 14 pacientes sem patologias nasais diagnosticadas, 100% apresentavam distúrbios olfatórios diagnosticados através do UPSIT com a seguinte distribuição: 6 hiposmia moderada, 5 hiposmia grave e 3 anosmia. Conclusão: Os resultados deste estudo levam a conclusão de que os transtornos do olfato são frequentes na asma.
Discente Autor:
Docente Orientador:
Palavras-chave:
Asma, transtornos do olfato, anosmia, hiposmia, olfatometria, rinossinusite crônica, rinite.
Banca examinadora:
Marcus Miranda Lessa (Presidente/orientador)
Regina Terse Trindade Ramos
Clara Mônica Figueredo de Lima
Carolina Cincurá Barreto (Suplente)
Arquivo:
Ano de publicação:
2022