DIFERENÇAS ENTRE CRIANÇAS COM INFECÇÃO RESPIRATÓRIA INFERIOR AGUDA GRAVE COM OU SEM INFECÇÃO POR SARS-COV-2 - Tese de Doutorado 2022

Português, Brasil
Objetivo: Comparar características clínicas e desfechos em crianças com infecção
respiratória aguda grave (IRAG) com ou sem infecção por SARS-CoV-2 internadas em
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP). Métodos: Para este estudo de coorte
retrospectivo, foram avaliados todos os pacientes <17 anos admitidos com IRAG em uma
UTIP, em Salvador, Brasil. A investigação da infecção por SARS-CoV-2 foi realizada por
PCR de transcrição reversa em tempo real. Dados clínicos, achados físicos na admissão
e desfecho foram registrados. Os pacientes foram categorizados com ou sem infecção por
SARS-Cov-2. Os desfechos foram óbito e ventilação mecânica invasiva (VMI).
Resultados: Foram incluídos 210 pacientes, cuja idade mediana foi de 2,8 anos (IQR: 7,1
meses–6,2 anos). A VMI foi utilizada em 33 (15,7%; IC 95% 11,3%-21,1%) pacientes.
Oito (3,8%; IC 95% 1,8%-7,1%) pacientes morreram. 62 pacientes (29,5%) testaram
positivo para SARS-CoV-2. Sexo masculino (67,7% vs. 52,7%, P = 0,045) e doença
falciforme (6,5% vs. 0%, P = 0,007) foram associados à infecção por SARS-CoV-2. A
sibilância na admissão foi mais comum em pacientes sem infecção por SARS-CoV-2
(38,5% vs. 21,0%, P = 0,01). VMI foi mais frequente entre os pacientes com infecção por
SARS-CoV-2 (25,8% vs. 11,5%, P=0,009), assim como óbito (8,1% vs. 2,0%, P=0,05).
Conclusão: Crianças com IRAG por SARS-CoV-2 precisam de VMI com mais
frequência em relação àquelas sem infecção por SARS-CoV-2.
Palavras-chave: 
Pediatria, infecção respiratória aguda, SARS-CoV-2, COVID-19
Banca examinadora: 
Cristiana Maria Costa Nascimento de Carvalho (Presidente/orientador) Maria Isabel Pinto Marco Aurélio Sáfadi Paulo Augusto Moreira Camargos Heli Vieira Brandão Maria do Socorro Heitz Fontoura (Suplente)
Ano de publicação: 
2022