Estresse ocupacional e adiposidade abdominal em profissionais de enfermagem da atenção primária à saúde: um estudo transversal - Dissertação de Mestrado 2020

Português, Brasil
Introdução: O estresse ocupacional e a obesidade ambos estão como um problema de Saúde Pública, devido ao intenso crescimento na população brasileira, ambas são de difícil controle, capaz de reduzir à expectativa e a qualidade de vida, promovendo efeitos nocivos e deletérios a saúde, e ainda proporciona o aumento da circunferência abdominal, sendo precursor para várias doenças. Objetivo: Estimar a associação entre Estresse Ocupacional e Adiposidade Abdominal entre profissionais de Enfermagem da Atenção Primária à Saúde. Casuística e Método: Trata-se de um estudo confirmatório, descritivo, de corte transversal e multicêntrico, realizados com 194 participantes da equipe de enfermagem que compõe as Unidades de Saúde da Família do município de Vitória da Conquista, BA, Brasil. Foram coletados dados sócio demográficos, laborais e de condições de saúde, a Escala de Estresse no Trabalho (ETT) proposta por Paschoal e Tamayo (2004) foi utilizada para verificação do Estresse Ocupacional (variável independente) e a AA medida por médio da circunferência da cintura (variável dependente). Na análise estatística foi utilizado o softwares SPSS 22.0 for Windows. Assim seguiu a análise descritiva dos dados expressos por frequência, percentual, média e desvio padrão. As associações entre as variáveis ocorreram através do teste Qui- quadrado, teste Exato de Fisher e Mann-Whitney. As variáveis com possíveis associações (p< 0,1) foram incluídas em um modelo multivariado de regressão logística e utilizando o Odds ratio com o seu respectivos Intervalo de Confiança (IC) 95%. Resultados: A prevalência observada do alto estresse ocupacional foram de 32,5% e da adiposidade abdominal foi de 38,7%, nas variáveis sócio demográficas e laborais, houve predomínio de mulheres 167(86,1%), fazem plantões noturnos, 139(71,6%) são técnicos de enfermagem, 155(79,9%) consideraram sua qualidade de vida boa, 154(79,4%). Na regressão logística foi observado que apenas a variável raça/cor apresentou significância estatística (p=0,006), onde 68,5% dos participantes que tinham adiposidade se autodenominaram pardos, com 4,7 vezes mais chances de ter AA. Participantes com alto estresse ocupacional tem 58,7 vezes maior probabilidade em ter adiposidade abdominal comparado com participantes que tem baixo nível de estresse ocupacional, sendo os técnicos de enfermagem apresentaram um maior percentual do estresse ocupacional e da adiposidade abdominal. Conclusão: Os resultados permite evidenciar uma forte associação estatisticamente significante entre o estresse ocupacional e a AA, fator preocupante para a saúde do trabalhador de saúde, já que o
15 desfecho é um forte preditor as DCV e exerce uma ação deletéria no processo saúde doença.
Docente Orientador: 
Palavras-chave: 
Adiposidade abdominal, Enfermagem, Estresse ocupacional, Obesidade.
Banca examinadora: 
Argemiro D’Oliveira Júnior (Presidente/orientador) Marcio Costa de Souza Maria José Quina Galdino Magno Conceição das Merces (Suplente)
Ano de publicação: 
2020