ASSOCIAÇÃO ENTRE IMPULSIVIDADE, ANSIEDADE E CONGELAMENTO DA MARCHA EM PESSOAS COM DOENÇA DE PARKINSON

Português, Brasil
ntrodução: O congelamento da marcha, por ser altamente incapacitante, destaca-se entre
os sintomas motores da doença de Parkinson (DP), pois reduz a mobilidade, e aumenta o
risco de quedas. Dentre os sintomas não motores da DP, a impulsividade e a ansiedade
são comuns e têm um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e cuidadores.
E apesar de alguns estudos terem demonstrado a sua associação com o congelamento da
marcha, a relação entre estes sintomas não motores e o congelamento da marcha em
pessoas com DP ainda precisa ser mais investigada. Objetivo: Analisar a associação entre
a impulsividade e ansiedade e o congelamento da marcha em pessoas com doença de
Parkinson. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com participantes
recrutados no Ambulatório de Transtornos do Movimento e Doença de Parkinson do
Hospital Geral Roberto Santos, Salvador, Bahia, Brasil. Foi realizado o Mini Exame do
Estado Mental (MEEM), seguido do registo de dados sociodemográficos e clínicos,
incluindo a gravidade da doença através do exame motor MDS-UPDRS e Hoehn e Yahr
(H&Y), incapacidade através do MDS-UPDRS M-EVD (Aspectos Motores das
Experiências da Vida Diária), impulsividade com escala de Impulsividade Barratt 11 (BIS
11), ansiedade com inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) e a gravidade do
congelamento da marcha através do questionário de congelamento da marcha (FOG-Q).
Resultados: Dentre os 130 participantes deste estudo, 76 (58,5%) eram do sexo
masculino, a média de idade foi de 63,6 (9,9) anos, a duração da doença foi de 7,13 (4,38)
anos, mediana H&Y 2,5 (2-2,6), média MDS-UPDRS, exame motor 32,6 (14,5) e MDSUPDRS
M-EVD 12 (7,5-15), BIS-11 com , IDATE estado com e IDATE traço com
. Foi encontrada uma correlação direta entre impulsividade atencional e por não planejamento e a gravidade do
congelamento da marcha (r=0,300, p=0,001), (r= 0,253, p= 0,004), e entre traço e estado
ansioso e gravidade do congelamento da marcha (r=0,363, p= < 0,001), (r= 0,274, p=
0,002), respectivamente. Conclusão:
E estudos futuros devem avaliar se o
tratamento da impulsividade e da ansiedade com terapias farmacológicas e/ou cognitivocomportamentais
pode reduzir a frequência e a duração dos episódios do congelamento
da marcha.
Docente Orientador: 
Palavras-chave: 
Doença de Parkinson, congelamento da marcha, impulsividade e ansiedade.
Banca examinadora: 
Jamary Oliveira Filho (Presidente/orientador) Karen Valadares Trippo Guilherme Teixeira Valença Helen Meira Cavalcanti (Suplente)
Ano de publicação: 
2024