ESCALA DE MOBILIDADE PARA PACIENTES HOSPITALIZADOS APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO - Dissertação de Mestrado 2017

Português, Brasil

Os pacientes após AVC apresentam uma restrição importante da mobilidade
na fase aguda e o uso de um instrumento de avaliação da mobilidade simples e específico pode
ser útil na otimização da reabilitação. OBJETIVOS: Propor uma Escala de Mobilidade (EM)
para pacientes hospitalizados após AVC. MÉTODOS: Estudo longitudinal prospectivo
composto por duas coortes, a primeira utilizada para calcular o escore da EM (coorte de
derivação) e a segunda para validação desta escala (coorte de validação). Os dados
sociodemográficas e clínicos foram coletados em prontuário e as seguintes escalas foram
aplicadas: National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) para identificar a gravidade do
AVC; Escala de Rankin modificada (ERm) para avaliar o grau de incapacidade; Escala de
Mobilidade para verificar o grau de mobilidade e Índice de Barthel modificado (IBm) após três
meses para avaliar o desfecho funcional. RESULTADOS: A primeira coorte foi composta por
160 pacientes, sendo 77 do sexo masculino (48,1%), com mediana de idade de 64 anos (57-73)
e mediana do NIHSS de 11 pontos (5-17). Nesta coorte a EM apresentou acurácia de 84,5%
(95% IC = 78,0 - 89,8; P<0,001), mensurada pela área abaixo da curva Receiver Operating
Characteristic (ROC). A segunda coorte foi composta por 160 pacientes, destes 89 eram do
sexo masculino (55,6%), apresentavam mediana de idade de 61 anos (50-70) e mediana do
NIHSS de 9 pontos (5-15). Na segunda coorte, a EM apresentou uma associação significativa
com o desfecho funcional (RC 1,55; 95% IC = 1,36 - 1,78; P<0,001) e após ajuste para variáveis
confundidoras (NIHSS, idade, sexo e tratamento trombolítico) a EM se manteve como preditora
independente de desfecho funcional (RC 1,38; 95% IC = 1,17 - 1,61; P<0,001). A acurácia da
EM na segunda coorte foi de 87,8% (95% IC = 81,7 - 92,4; P<0,001).  A EM apresentou
tamanho do efeito padronizado superior a ERm (1,41 vs 1,10; p=0,031) e excelente
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concordância interexaminadores (ICC = 0,96; 95% IC = 0,92 - 0,98; p<0,001). CONCLUSÃO:
A Escala de Mobilidade foi um preditor independente de capacidade funcional após três meses
de AVC. Mostrou-se confiável, com excelente concordância interexaminadores, e responsiva a
mudanças durante a fase aguda

Docente Orientador: 
Palavras-chave: 
Acidente Vascular Cerebral; Mobilidade; Escala; Validação; Fase Aguda.
Banca examinadora: 
Jamary Oliveira Filho Pedro Antônio Pereira de Jesus Lorena Rosa Santos de Almeida
Arquivo: 
Ano de publicação: 
2017